sábado, 14 de junho de 2008

1968: Marco zero da juventude mundial


1968- o ano que mobilizou o mundo. Ano em jovens se fizeram ouvir.
No Brasil o comunismo cada vez mais alcançava adeptos, e junto, um grande e poderoso inimigo - o militarismo. Exemplo dessa perseguição contra jovens-idealistas /rebelde-comunistas, foi à morte do jovem estudante de segundo grau, paranaense Edson Luis de Lima Souto, 16 anos, que teve uma morte cruel e brutal pela policia do Rio de Janeiro. Edson Luis, que não participava de nenhum movimento, foi confundido com um líder-estudantil e morto por engano.

Sua morte desencadeou uma série de manifestações. Famílias, artistas e intelectuais indignados com a falta de profissionalismo, ética e falta de respeito com os estudantes; foram as ruas para a marcha dos 100 mil. Um protesto contra atos de represaria para com os jovens e pelo fim da ditadura.

No mundo a França também deu sua contribuição para a história com a noite das barricadas. Estudantes vão ás ruas contra o autoritarismo e acabam caindo na graça de populares e intelectuais da época que aderiram a causa com uma forma de sabotagem a gestão do atual presidente da época - Charles de Gaulle.

Os Estados Unidos da América não ficou atrás, e logo correu para ter seu lugar ao sol no quesito manifesto e revolução. Jovens americanos protestavam na universidade de Columbia-NY, contra o exército americano no Vietnã.

México. Exército mata 48 pessoas durante manifesto estudantil. Acontecimento denominado de massacre de Tlateleco.

1968- ano de grandiosas manifestações e brilhantes conquistas para a história mundial.
Ano em que o jovem teve seu minuto ao sol. Momento em que identidades de futuras gerações foram definidas.

Dexter - Lost: A fórmula do sucesso



Seriados americanos vêm alcançando maior índice de audiência no mundo inteiro.

Com seus roteiros bem escritos, produções holywoodianas e atores com cachês astronômicos, os folhetins vêm arrebatando a atenção do público nos quatro cantos do planeta.

Uma amostra da proporção que os seriados vêm alcançando, são as obras Dexter e Lost . As duas tramas viraram febres e têm em suas estruturas componentes em comum.

Começam narrando o perfil de cada personagens e decifrando o ambiente local. Todas as séries com seu respectivo mocinho, mas que só descobrem seu lado herói no decorrer da trama, quando situações os obrigam a assumir uma postura de herói.

Temos como exemplo o assassino em série Dexter, cujo seriado leva o mesmo nome que o protagonista da trama.
Dexter (Michael C. Hall), interpreta um policial de Miami, que nas horas vagas, é um serial killer do bem, que decide fazer justiça com as próprias mãos - contra assassinos que a policia local não obteve sucesso em suas buscas e captura.

Já o seriado Lost, que segue em sua quarta temporada. O médico Jack Shephard (Matthew Fox), é um dos passageiros do vôo 815 da companhia aérea Oceanic Airlines, que caiu em uma ilha deserta e sobrenatural. Jack é incubido por todos os sobreviventes a liderar a aventura.
E no desenrolar, ambas histórias se confundem. Jack antes do acidente, era um médico com uma vida normal, falha e nada glamurosa, mas ao chegar a ilha recebe, o papel de herói da situação e sua vida sofre uma ginada, fazendo com que seu personagem ganhe um brilho a mais e a trama gire em torno do médico. Assim como em Dexter, quando o mesmo decide vingar as vitimas fazendo justiça com as proprias mãos.

Carecteristicas encontradas em ambos seriados que são sucesso de audiência, fazem parte do memorando Vogler e Monomito (Jornada do Herói). Documentos que são como biblías para grandes produtotes obterem sucesso- tanto cinematográficos quanto em outros segmentos da área.

1968- Excitante e memorável




“Uma geração não é feita de idades, e sim de afinidades” Assim Zuenir Ventura define a conexão estabelecida pelos jovens de todos os continentes na década também chamada de marco zero.


1968, um tempo inacabado, e presente em nossas vidas. E tudo acontece como previu o filosofo francês Edgard Morin: “Vão ser preciso anos e anos para se entender o que se passou”, e 40 anos depois, estamos aqui, revivendo e decifrando esse mágico ano.


Zuenir Ventura inicia sua obra narrando como o ano começou: com um grandioso reveillon, regado a scotch na casa de Hellô Buarque de Hollanda. Festa em que todos os grandes nomes brasileiros daquela época se encontravam, mas nem de longe poderiam imaginar o que o ano de 68 reservava para suas vidas. Segundo o jornalista Elio Gaspari “depois do reveillon da Hellô Buarque de Hollanda, o Rio nunca mais foi o mesmo”. Nem o mundo!


A magia da revolução havia tomado conta do mundo. Experiências políticas, culturais e comportamentais causariam sub-guerras. Na África, leis foram sancionadas, e resultaram na Apartheid, na Checoslováquia, a liberação do regime comunista. Na Europa, Maio de 68 estava sendo minuciosamente arquitetado para se tornar um marco histórico na memória do mundo pelos jovens franceses que tomaram Paris. A banda britânica The Beatles , lançava seu Álbum Branco, revolucionando a música com batidas psicodélicas, algo inédito naquele tempo.


Nos Estados Unidos, o assassinato de dois mestres na arte da política: Robert Kennedy e o mito negro Martin Luther King. A sua morte precoce desencadeou uma série de manifestos e movimentos pelo poder negro (Black Power/ Black Panthers), que se impuseram como parte ativa da população. Mulheres também foram às ruas queimar sutiãs reivindicando direitos iguais... Esses fatos são pequenas degustações de muitos dos acontecimentos de âmbito mundial que ocorreram no globo terrestre no ano de 68. Época que revolucionou o mundo.


O Brasil também teve sua fatia no quesito revolução. Iniciado no peculiar reveillon da Hellô Buarque de Hollanda, Zuenir Ventura transcreve em seu livro com maestria fatos e depoimentos de personalidades da época.


O grande start foi o assassinato do estudante Edson Luis, que mobilizou não só estudantes, mas famílias em geral, e que produziu uma comoção de âmbito nacional que acarretou na Marcha dos 100 mil. Temos também a sexta-feira sangrenta, uma batalha travada contra o regime militar, mas que, curiosamente, foi iniciada em uma quarta-feira. Caetano, Tom, Chico, Gil, Vandré e muitos outros nomes cultuados hoje, começavam a escrever sua história ali. Confrontos culturais e ideológicos também tiveram vez naquela época. Assim como a explanação das drogas e o homossexualismo.


O livro de Zuenir Ventura, apesar de ter tudo para ser só mais um livro maçante sobre história, consegue nos fazer ir além da vigésima página e mostra com graciosidade e irreverência, pontos altos daquele ano. Somos arrebatados e induzidos a viver 68 com a excitação e nostalgia presentes naquela época.

1968- Por todd Gitlin


Regido por acontecimentos marcantes. Bombas, drogas, assassinatos, feminismo, revoluções de cunho historio ocorreram naquele ano.
Hoje, 40 anos depois, a Globo News mostra com exclusividade depoimento de quem viveu aquela época e ajudou a fazer a história dos Estados Unidos da América, o professor de jornalismo e sociologia da universidade da Calumbia - também autor do livro “Os anos 60- anos de esperança, dias de irá”, Todd Gitlin. Em 1964 foi presidente da SDS (student for a democratic society), um movimento jovem e influente da época. Gitilin faz um breve paralelo entre passado, presente e futuro sobre a herença política deixada pela juventude daquela época. Define o ano como um momento de conflitos de gerações, lutas entre x direita. Ano conturbado. Ano em que os arruaceiros tomaram de conta, não havia consistência política nas manifestações. O povo havia se perdido de seu idealismo. Muitas pessoas iam ás ruas- porém, poucos conheciam e sentiam o idealismo político ali tratado. Mas os poucos centrados que ali estavam, conseguiram fazer história, assim como Gitlin, um jovem com idéias e que defendia com amor seu ponto de vista.

Irreversível


Polêmico. Um filme que choca a todos os espectadores que o assistem. O diretor do filme, Gaspar Noe, brinca com a questão da casualidade e do determinismo; Ele nos leva a pensar que todo o contexto do filme é embasado na questão de causa e efeito, que somos responsáveis por tudo àquilo que acontece em nossas vidas, e tudo isso ocorre, através de nossas atitudes.
Gaspar Noe usa de diversos artifícios para confundir e prender a atenção do telespectador; Uma de suas ‘armas’, é, sutilmente contar o filme de trás para frente, e com isso, consegue criar uma discreta confusão visual em nossas mentes.
Irreversível. Este é um daqueles filmes, que, realmente, fazem jus ao nome. Podemos ver nitidamente através de vários fatos encontrados na obra; seja porque, uma vez que se assiste ao filme, você não consegue tira-lo da cabeça, e mesmo durante o filme, você começa a se questionar o porquê de toda aquela violência gratuita, mas no decorrer do filme, o mistério vai sendo desvendado gradativamente. Pois, como já foi citado acima, o filme tem um enredo contado de uma forma para se refletir sobre, é contado de trás para frente. Ele incomoda através de fatos realistas, violentos, e acima de tudo, fortes. E também, podemos ver que os destinos dos personagens também são alterados bruscamente de uma hora para outra, brutalmente e de forma irreversível após a personagem Alex ser estuprada, e seu namorado Marcus, a partir, daí, decidir fazer justiça com as próprias mãos.
Reflexão. Este filme nos leva a refletir a todo o momento. É um filme que em que somos obrigados assistir com atenção, e muitas vezes, mais de uma vez; para podermos entender realmente a essência do filme. O próprio enredo nos prende, e nos leva a refletir e buscar respostas no próprio filme, e sobre aquilo que já nos foi mostrado no mesmo. Somos praticamente, inseridos de forma subliminar no roteiro, através de nossos questionamentos.
Real. Este filme nos leva a ter a sensação de que esta além do fictício, ele se tele transporta para o real, através da riqueza dos detalhes. Ele também nos chama atenção por fugir do estereotipo Holywoodiano, em que o mocinho da história, americano, por sinal, sempre salva a todos com sua enorme desenvoltura de super-herói.
"O tempo destrói tudo". A vida é um mundo inesperado. As coisas simplesmente acontecem, sejam boas ou trágicas, e jamais foram pensadas antes. Não sabemos o que está por vir. A vida, na maioria das vezes, é irreversível.

Valores Jornalísticos


Um repórter mente e suborna fontes para obter informações de interessa público, os quais não teriam acesso, se identificasse como jornalista?


Sim. O jornalista é, acima de tudo, um ser humano. E, por isso, falha. É seu dever informar o público. Em sua função de formador de opinião, precisa apurar bem os fatos e ter cautela ao publicá-lo.

O mercado que consome, quer ser informado. Independente dos meios que foram utilizados para se chegar a noticia. Acredito também que isso não se trate de valores éticos jornalísticos. Até porque, ética não se define em valores pré-definidos, ela varia de acordo com seus objetivos e princípios. E cabe a cada um, impor seus próprios limites e fazer sua auto-avaliação.