terça-feira, 16 de setembro de 2008

Medalha de prata ao cartunista de ouro


O jornalista, chargista e escritor Ziraldo-75 anos, conta que não se sente surpreso, por ter sido derrotado pela segunda vez na briga por uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. De bem com a vida, ele nos conta quais são suas prioridades.


Ziraldo contagia a todos com sua alegria de viver. O chargista, que não esperava pelo “prêmio”, conta que não se sente derrotado por ter perdido pela segunda vez. Nem mesmo há dois anos atrás, quando perdeu a vaga para o bibliófilo José Mindlin, e nem mesmo agora, quando “sua” vaga foi para o jornalista Luiz Paulo Horta.
O senhor de cabelos brancos, pai do menino maluquinho, não se sente intimidado com a situação. E quando questionado se lutaria novamente pela cadeira, reponde “Se pintar chance, sim, mas só em circunstâncias favoráveis.” Completa.
Ziraldo, diz que sua candidatura, foi para quebrar as acusações da imprensa, que diziam que ele teria recebido um milhão de reais, pela perseguição que sofreu na ditadura. “Não recebi nada. Pode ser que demore anos para receber.” Diz o chargista. Também desmente qualquer boato de uma possível candidatura pela vice-prefeitura do Rio; e argumenta o porquê desta postura: “Imagina se eu preciso ser candidato a vice de alguma coisa, minha filha? Todo mundo gosta de mim. Para que eu vou dividir as pessoas que gostam de mim em partidos? Sou muito mais importante que qualquer deputado.” Admite o boa praça.

Não escolhi. Fui escolhida


E escolha da profissão a ser seguida, quando se tem apenas 17 e nada na cabeça, é uma das missões que nos é incumbida, das mais difíceis, e digo mais: covardes.
Você esta ali, no auge de sua falta de compromisso com a vida, ou melhor - seu único compromisso é curtir a vida. Se deliciando com a ausência de responsabilidade. Experimentando um mundo novo a cada dia. E de repente, BUM!! Seu mundo vira de ponta-cabeça.
O adolescente chato, mimado e desorientado, de uma hora para outra, precisa se tornar um adulto. Que sem aviso prévio, precisa fazer uma escolha que acarretara no resto d seus dias, e na de seus possíveis herdeiros.
Ok, ok. Vamos lá.
Passado o choque, você começa a pensar em seus talentos e vocações. E o mundo começa a ficar parcialmente menos confuso, e você consegue vislumbrar o que você NÃO quer. E começa enxergar que suas ambições de criança, não eram exatamente ‘ambições’- no sentido mais amplo da palavra. Tais como querer ser lixeiro, para correr atrás de um caminhão, e logo em seguida, andar pendurado em um veiculo em movimento. Ou até mesmo, ser médica para cuidar de sua vó toda vez que ela adoecesse. Seu mundo desaba quando você descobre que tem pânico de sangue, e até sente vergonha quando sua mãe confidencia á amigos que sua pretensão profissional era recolher o lixo alheio (deixando bem claro que não existe preconceito - de minha pessoa- para com a classe).
Você já conseguiu enxergar tudo o que NÃO gosta. Mas e todo o resto que sobrou? Amplo demais. Esse é o momento em que você entra em colapso. Que sua auto-estima desaparece. Que a certeza que você não tem talentos sobressalentes vem á tona. Você só consegue identificar o que não gosta ou não tem o menor tato. E é nesse momento que a luz divina da Comunicação Social ilumina sua vida.
Boa parte dos estudantes, quando entraram nessa área, não sabia ao certo o que almejavam. Aliás, (Ok. Eu sei que estou ficando chata e repetitiva) só sabiam o que não era para eles. Não queriam números, sangue e nem recolher o lixo alheio. E por eliminação, vamos sondando o que gostamos, ou apenas, tem potencial de compatibilidade.
Foi daí que escolhi o jornalismo. Sem demais habilidades, decidi me render a este mundo verborrágico.
Posso dizer que uma força divina tem um dedo sobre essa escolha. Foi como um biscoitinho da sorte. Encontrei-me de primeira. E no momento, me encontro totalmente apaixonada por essa batalha constante contra as palavras. Encantada com a possibilidade de no final, presenteá-las com um ponto final.
O jornalismo é isso. É a possibilidade de ser várias. É a chance de ser uma pseudo-intelectual comentarista do cinema europeu - ou até mesmo, uma fashionista com o gingando das palavras. Uma especialista em generalidades. Posso ser eu. Você. Posso estar aqui, ali ou aí. Posso mudar o mundo e me deliciar com cada centímetro do mesmo.
Vejo na arte de comunicar, a possibilidade de fazer o mundo melhor que almejo.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

New Wave

Olá, queriiiidos! (que coisa mais fake! haha)

Eu sei que estou há muito tempo sem postar, e então, decidi dar um UP e repaginar esse blog.
Depois de um longo período ocioso em minha vida (leia-se férias- INTERNET!), que me fez dedicar grande parte do meu dia a blogs, orkut, google (e derivados). TANKS GOD (!) tenho encontrado muitas idéias e materiais interessantes sobre MODA.


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Não sei se é do conhecimento de todos, mas sou estudante de jornalismo e pretendo me especializar em moda.

tecla play


Este blog,aá principio, foi criado a pedido do professor Olímpio Cruz (http://ambulatoriodefocas.wordpress.com)- responsável pela cadeira de criatividade e inovação.

No começo era muito chato. Os textos pareciam não fluir (basta ler as postagens anteriores, e vc entendera!). Estava presa a títulos e linhas- travando uma batalha constante contra minhas ideias, tentando molda-las, tranformando-as em palavras/frases coerentes, para logo em seguida, presentea-las com um ponto final.

Enfim, não vou apagar os post's anteriores. Espero futuramente traçar um paralelo de meu crescimento. Um antes e depois. E quero MUITO que isso seja notório á todos.
Pretendo dedicar tempo (e disposição!.. que por sinal, não me falta quando o assunto é moda) á este blog. E sinto que estou no caminho certo...

No decorrer dos post, espero conseguir expressar com clareza minhas opniões, mas sem parecer pessoal demais- confuso, não?!
Já explico...
O blogroll que venho habitando, é um exemplo claro de que isso é possivél.
Na maioria das vezes, são meninas de mundos diferentes, mas com interesses semelhantes, que mostram tendências do mundinho fashion, criando um paralelo..humm.. deixa eu pensar.. mais ou menos de bairrismo/regionalismo.
Ok. Vou tentar melhorar isso para vocês, hehe.
As it girls de Londres, por exemplo, vivem em um contexto totalmente diferente do nosso aqui no Brasil.
E o que nossas amigas de blogs especializados em moda fazem, é basicamente facilitar a nossa vida. Comentando sobre look's, desfiles, tendências, novidades em geral (isso inclui todo tipo de hot gossip, haha) e dando dicas de como adaptar ao nosso clima, bolso e etc.

I hope soooo much me tornar uma referência, ou ao menos, entendedora do assunto. Mas por enquanto, vou humildimente pesquisando em blogs alheios, colhendo idéias e tentando melhorar cada vez mais neste novo projeto.


E pra começar com chaaaave de ouro: (hahaha. pq eu sou tãaao cafona?!)




Eu que fiz!


Achei um site suuper delicinha http://www.polyvore.com que você cria combinações (que podem se tornar tendência! hehe)

Criei um look báasicão.

Jeans, blusa soltinha e salto alto.

Algo que você pode usar no trabalho, e até mesmo no happy-hour- depois do expediente.

LÁ VAI...

Jeans skeanny- coringa no dia-a-dia da mulher moderna/básica.

Lembrando que o Skeanny favorece as magrinhas.

Blusa de cetim com babados- Duas tendências em uma blusa só. OH GOD! ITS REAL?! haha. SIM. É real!

O cetim veio com tudo nessa estação, e os babados já vem dando o ar da graça há algum tempo, mas na minha opinão, foi a melhor forma que apareceu até agora!

!CUIDADO! Babados demais engordam. Sem contar que você vai parecer que você saiu de ugly betty.

Christian Louboutin- Clássico dos clássicos! Toda mulher deveria nascer munida de pelo menos 1 (Inclusive EU!). Popularizado em Sex and the City, com Carrie (Sarah Jessica Parker)- amante de sapatos; entre eles: Blahnik e Louboutin.

é um coringa no guarda-roupa feminino. Vai tanto do look básico com um jeans, até um longo glamuroso (que, aliás, me deu uma ÓTIMA idéia para um prox post, hehe. Longo- estampas. Hum...)

Hermés croco- Para mim dispensa comentários. A imagem fala por si só. OIIII, NÉ?! Existe bolsa mais glamur que essa? Acho que para entrar nesse pareo, só a clássica chanel mesmo.

Falando nisso..

Brinco de pérola- Existe algo mais chanel do que sapato bicolor, corrente dourada e perolas? Não, né?! Um charme só. E de quebra, esse parde de brincos, cria um clima mais casual na look- sem perder o charme e o ar moderno.

Toda mulher merecia ao menos 1 desses itens em seu guarda. E TENHO TIDO!

É isso, queridas! (os)

Um post que era apenas para ser um comunicado de repaginação rendeu. E COMO RENDEU!

Bjos a todos.

sábado, 14 de junho de 2008

1968: Marco zero da juventude mundial


1968- o ano que mobilizou o mundo. Ano em jovens se fizeram ouvir.
No Brasil o comunismo cada vez mais alcançava adeptos, e junto, um grande e poderoso inimigo - o militarismo. Exemplo dessa perseguição contra jovens-idealistas /rebelde-comunistas, foi à morte do jovem estudante de segundo grau, paranaense Edson Luis de Lima Souto, 16 anos, que teve uma morte cruel e brutal pela policia do Rio de Janeiro. Edson Luis, que não participava de nenhum movimento, foi confundido com um líder-estudantil e morto por engano.

Sua morte desencadeou uma série de manifestações. Famílias, artistas e intelectuais indignados com a falta de profissionalismo, ética e falta de respeito com os estudantes; foram as ruas para a marcha dos 100 mil. Um protesto contra atos de represaria para com os jovens e pelo fim da ditadura.

No mundo a França também deu sua contribuição para a história com a noite das barricadas. Estudantes vão ás ruas contra o autoritarismo e acabam caindo na graça de populares e intelectuais da época que aderiram a causa com uma forma de sabotagem a gestão do atual presidente da época - Charles de Gaulle.

Os Estados Unidos da América não ficou atrás, e logo correu para ter seu lugar ao sol no quesito manifesto e revolução. Jovens americanos protestavam na universidade de Columbia-NY, contra o exército americano no Vietnã.

México. Exército mata 48 pessoas durante manifesto estudantil. Acontecimento denominado de massacre de Tlateleco.

1968- ano de grandiosas manifestações e brilhantes conquistas para a história mundial.
Ano em que o jovem teve seu minuto ao sol. Momento em que identidades de futuras gerações foram definidas.

Dexter - Lost: A fórmula do sucesso



Seriados americanos vêm alcançando maior índice de audiência no mundo inteiro.

Com seus roteiros bem escritos, produções holywoodianas e atores com cachês astronômicos, os folhetins vêm arrebatando a atenção do público nos quatro cantos do planeta.

Uma amostra da proporção que os seriados vêm alcançando, são as obras Dexter e Lost . As duas tramas viraram febres e têm em suas estruturas componentes em comum.

Começam narrando o perfil de cada personagens e decifrando o ambiente local. Todas as séries com seu respectivo mocinho, mas que só descobrem seu lado herói no decorrer da trama, quando situações os obrigam a assumir uma postura de herói.

Temos como exemplo o assassino em série Dexter, cujo seriado leva o mesmo nome que o protagonista da trama.
Dexter (Michael C. Hall), interpreta um policial de Miami, que nas horas vagas, é um serial killer do bem, que decide fazer justiça com as próprias mãos - contra assassinos que a policia local não obteve sucesso em suas buscas e captura.

Já o seriado Lost, que segue em sua quarta temporada. O médico Jack Shephard (Matthew Fox), é um dos passageiros do vôo 815 da companhia aérea Oceanic Airlines, que caiu em uma ilha deserta e sobrenatural. Jack é incubido por todos os sobreviventes a liderar a aventura.
E no desenrolar, ambas histórias se confundem. Jack antes do acidente, era um médico com uma vida normal, falha e nada glamurosa, mas ao chegar a ilha recebe, o papel de herói da situação e sua vida sofre uma ginada, fazendo com que seu personagem ganhe um brilho a mais e a trama gire em torno do médico. Assim como em Dexter, quando o mesmo decide vingar as vitimas fazendo justiça com as proprias mãos.

Carecteristicas encontradas em ambos seriados que são sucesso de audiência, fazem parte do memorando Vogler e Monomito (Jornada do Herói). Documentos que são como biblías para grandes produtotes obterem sucesso- tanto cinematográficos quanto em outros segmentos da área.

1968- Excitante e memorável




“Uma geração não é feita de idades, e sim de afinidades” Assim Zuenir Ventura define a conexão estabelecida pelos jovens de todos os continentes na década também chamada de marco zero.


1968, um tempo inacabado, e presente em nossas vidas. E tudo acontece como previu o filosofo francês Edgard Morin: “Vão ser preciso anos e anos para se entender o que se passou”, e 40 anos depois, estamos aqui, revivendo e decifrando esse mágico ano.


Zuenir Ventura inicia sua obra narrando como o ano começou: com um grandioso reveillon, regado a scotch na casa de Hellô Buarque de Hollanda. Festa em que todos os grandes nomes brasileiros daquela época se encontravam, mas nem de longe poderiam imaginar o que o ano de 68 reservava para suas vidas. Segundo o jornalista Elio Gaspari “depois do reveillon da Hellô Buarque de Hollanda, o Rio nunca mais foi o mesmo”. Nem o mundo!


A magia da revolução havia tomado conta do mundo. Experiências políticas, culturais e comportamentais causariam sub-guerras. Na África, leis foram sancionadas, e resultaram na Apartheid, na Checoslováquia, a liberação do regime comunista. Na Europa, Maio de 68 estava sendo minuciosamente arquitetado para se tornar um marco histórico na memória do mundo pelos jovens franceses que tomaram Paris. A banda britânica The Beatles , lançava seu Álbum Branco, revolucionando a música com batidas psicodélicas, algo inédito naquele tempo.


Nos Estados Unidos, o assassinato de dois mestres na arte da política: Robert Kennedy e o mito negro Martin Luther King. A sua morte precoce desencadeou uma série de manifestos e movimentos pelo poder negro (Black Power/ Black Panthers), que se impuseram como parte ativa da população. Mulheres também foram às ruas queimar sutiãs reivindicando direitos iguais... Esses fatos são pequenas degustações de muitos dos acontecimentos de âmbito mundial que ocorreram no globo terrestre no ano de 68. Época que revolucionou o mundo.


O Brasil também teve sua fatia no quesito revolução. Iniciado no peculiar reveillon da Hellô Buarque de Hollanda, Zuenir Ventura transcreve em seu livro com maestria fatos e depoimentos de personalidades da época.


O grande start foi o assassinato do estudante Edson Luis, que mobilizou não só estudantes, mas famílias em geral, e que produziu uma comoção de âmbito nacional que acarretou na Marcha dos 100 mil. Temos também a sexta-feira sangrenta, uma batalha travada contra o regime militar, mas que, curiosamente, foi iniciada em uma quarta-feira. Caetano, Tom, Chico, Gil, Vandré e muitos outros nomes cultuados hoje, começavam a escrever sua história ali. Confrontos culturais e ideológicos também tiveram vez naquela época. Assim como a explanação das drogas e o homossexualismo.


O livro de Zuenir Ventura, apesar de ter tudo para ser só mais um livro maçante sobre história, consegue nos fazer ir além da vigésima página e mostra com graciosidade e irreverência, pontos altos daquele ano. Somos arrebatados e induzidos a viver 68 com a excitação e nostalgia presentes naquela época.

1968- Por todd Gitlin


Regido por acontecimentos marcantes. Bombas, drogas, assassinatos, feminismo, revoluções de cunho historio ocorreram naquele ano.
Hoje, 40 anos depois, a Globo News mostra com exclusividade depoimento de quem viveu aquela época e ajudou a fazer a história dos Estados Unidos da América, o professor de jornalismo e sociologia da universidade da Calumbia - também autor do livro “Os anos 60- anos de esperança, dias de irá”, Todd Gitlin. Em 1964 foi presidente da SDS (student for a democratic society), um movimento jovem e influente da época. Gitilin faz um breve paralelo entre passado, presente e futuro sobre a herença política deixada pela juventude daquela época. Define o ano como um momento de conflitos de gerações, lutas entre x direita. Ano conturbado. Ano em que os arruaceiros tomaram de conta, não havia consistência política nas manifestações. O povo havia se perdido de seu idealismo. Muitas pessoas iam ás ruas- porém, poucos conheciam e sentiam o idealismo político ali tratado. Mas os poucos centrados que ali estavam, conseguiram fazer história, assim como Gitlin, um jovem com idéias e que defendia com amor seu ponto de vista.